Vitamina E

A melhor vitamina E está no prato
Segundo uma pesquisa recente, o nutriente só é parceiro quando vem dos alimentos.

Vira e mexe a substância agita o universo científico. Enquanto alguns estudos afirmam que ela é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento de câncer, outros trabalhos mostram o oposto, ou seja, que a vitamina E não proporciona tal benefício. E pior: até estimularia a proliferação de células cancerosas. Agora, uma nova pesquisa publicada na revista científica Cancer Prevention Research reacende o debate, sugerindo uma explicação para dados tão contraditórios. De acordo com os cientistas da Rutgers – The State University of New Jersey, nos Estados Unidos, duas formas de vitamina E, chamadas gama e delta-tocoferol, teriam ação protetora. Encontradas em alimentos como soja, óleo de canola, milho e nozes, elas evitaram a formação e o crescimento dos tumores de cólon, mama, próstata e pulmão em cobaias.

Na contramão estaria a versão alfa-tocoferol, geralmente usada como ingrediente dos suplementos. Essa, sim, afirmam os pesquisadores, não mostrou serventia nenhuma para a saúde. Isso explicaria por que um estudo denominado Select – que acompanhou mais de 35 mil homens nos Estados Unidos, no Canadá e em Porto Rico por aproximadamente cinco anos – chegou a evidenciar um aumento na ocorrência de câncer de próstata entre os indivíduos que consumiam a vitamina E encapsulada. “Vale ressaltar que, nessa análise, a dose diária foi muito maior do que a recomendada”, observa Thomas Ong, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP).

De qualquer forma, a conclusão dos cientistas de Rutgers aponta para um caminho indiscutivelmente seguro e eficiente: a vitamina tem de vir de uma dieta equilibrada.

Segundo Eliana Vellozo, pesquisadora em deficiência de micronutrientes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma coisa é certa: a carência de vitamina E no organismo é muito rara. “Só acontece na presença de determinadas anormalidades genéticas ou quando o indivíduo tem dificuldade em absorver gordura”, informa. Para ter ideia, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, um adulto precisa de aproximadamente 10 miligramas do nutriente por dia para viver bem. “Uma alimentação balanceada, com óleos vegetais, nozes, legumes, oleaginosas e carnes, já é capaz de suprir a quantidade de consumo recomendada”, garante Elaine. Mais um motivo para pensar duas vezes antes de se entupir de suplementos.

“Muitos idosos têm problemas para absorver nutrientes”, exemplifica Elaine Moreschi, professora de bromatologia da FMU. Aí, o mais adequado é ser acompanhado por um médico ou nutricionista. “Dessa forma, dá para ajustar tanto a dose como a frequência de ingestão”, informa.

Fonte: saude.abril.com.br

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